terça-feira, 23 de março de 2010

Vila Franca - 6-2-2010

Foi num Sábado em que as previsões apontavam para tempestade e o mar estava completamente fora de controlo (viemos a descobrir isso porque fomos na busca para vários lados e nada de haver condições para entrar) que esta história se passou. Chegados a Vila Franca, onde supostamente estaria mais abrigado do vento e da ondulação, deparámo-nos com o Baixio como nunca tinha visto. Para lá chegar seria completamente impossível, a onda que relato deveria estar a uns 200 metros da costa e tendo em conta as rochas e o mar a quebrar, ninguém se meteria ali, pensei eu. Nem eu nem os locais. Palim, um amigo nosso da Vila, é que nos chamou a atenção para aquela onda. O próprio Palim que conhece o mar daquela zona melhor que todos nós disse nunca ter visto aquilo tão grande e a entubar daquela maneira. É claro que eu nunca entraria ali fosse como fosse, nem eu nem o Nuno que estava comigo. Nesse dia, em toda a costa micaelense, ninguém entrou no mar, fosse para fazer bodyboard, surf ou somente nadar. Mas o Joel entrou. Aliás, eu já sabia, conhecendo como conheço o Joel, que ele haveria de entrar em qualquer lado naquele dia. Estava completamente possuído e não havia nada a fazer. Palim explicou-nos onde poderíamos ver melhor a onda para a analisarmos, num miradouro, e lá fomos. Mas o Joel não estava numa de andar ali a perder muito tempo, a dada altura pegou na prancha, vestiu o fato, disse a Palim para levar o seu carro para o miradouro e não quis saber de mais nada, começou a correr como doido com a prancha e pés de pato para a entrada. Passou por dois pescadores a caminho de lá que lhe perguntaram, como no gozo, se era para entrar, ele disse que sim e continuou a correr, calçou os pés de pato, entrou na água e começou a remar. Fiquei a ver aquilo com o Nuno, com o Palim e com alguns locais, que iam chegando aos poucos. A dada altura ouço um local a dizer meio atordoado: “Este gajo vai morrer”. Nesta altura o Palim disse algo do género: “Não te preocupes que eu tenho carta de patrão local, se houver azar vai-se buscar o barco”. O Nuno estava estupefacto, o Palim berrava como um louco e eu só me ria com aquilo tudo e tentava filmar o que podia. O Joel ainda foi longe, deu para treinar cardio e veio para dentro de rastos (de referir que ele não estava nada em forma pois tinha estado parado devido a uma tendinite). Ainda a salientar que no regresso o Nuno questionou o Joel da possibilidade de parar na Poupadinha onde comprou grandes quantidades industriais de lixívia. O vídeo, editado pelo próprio Joel, com um pequeno resumo deste dia, pode ser visto aqui:

2010/02/06 from Joel Vieira on Vimeo.

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